segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Anjo de ódio


Anjo de ódio
Solitário é e sempre será
Pois afasta todos a sua volta 
Como afasta-se de si mesmo

Anjo de ódio
Não sente amor, só rancor
Não sente pena, a não ser de si mesmo
Não se sente falso, mas julga assim os outros

Anjo de ódio
Sempre se acha superior
Mesmo ciente de que sua real morada
É um fundo de poço

Anjo de ódio
Que por ser ignorado
Exala veneno pelas ventas
E se julga vítima só para poder 'justificar' seu ódio

Anjo de ódio
Que esconde sua maldade
Atrás de uma vingança sem sentido
Que se julga, ofendido

Anjo de ódio
Que acha não ser possível existir felicidade
Que acha segunda chance, bobagem
Adora julgar, odeia ser julgado

Anjo de ódio
Não acreditas em segundas chances?
Então por que vives implorando por uma?
Não percebes que com deu ódio, amarra uma corda no próprio pescoço?

Anjo de ódio
Que ignora a maldade em si
Mas a vê nos outros
E julga isso ser a justiça

Anjo de ódio
Que ameaça em vão
Tanto ódio, tanto rancor, em vão
Não percebes que não funcionará

Anjo de ódio
Quem luta por egoísmo, perde
Quem tem amor e amigos, vence
Quem tem veneno nas presas, morre mordendo a língua

Anjo de ódio
Não fara mal a ninguém, só a você mesmo
Não atingirá quem tem amor, quem é sincero
Não assustará ninguém, pois tem pena de você

Anjo de ódio
Iludes a si mesmo com esperança de causar dor
Ninguém vence o amor
Ninguém vence o bem

Anjo de ódio
Para com esse ódio
Saia de seu pútrido aconchego
Ou afunde-se nele, calado



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