segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Halloween


Todo halloween lá estava eu a enfeitar
Laranja e roxo pra todo lado
A casa assombrar e os doces confeitar
Sem esquecer as abóboras em todos os cercados

Pois um dia olhava eu
Para a simpática abóbora em meu jardim
Como devia ser chato estar la, isso me pareceu
Queria mesmo um pó de pir li pim pim

E quando o pó nela caísse
Começaria uma cantoria!
Imagina que legal seria, se a abóbora cantasse?
Oh! Meu Deus, que maravilha!

Nunca mais as noites seriam como antes
Sem solidão no jardim ou na cidade
Agora tinha uma abóbora cantante
Halloween agora é só felicidade

E bruxinha como sou nascida e criada
Abençoada pelo mês que está para acabar
Posso muito bem com a magia em que fui gerada
Fazer minha abóbora cantar!

E ai ai ai se você duvidar
Não me faça o feitiço soletrar
De quebra faço-a cantar e recitar
Quero ver você defeito nela colocar.

Chuva no Jardim


Chega de dores e agonias alheias
Chega de cadelas pútridas que cheiram mal
Agora sigo apenas as estrelas
Sem tempestade e sem vendaval

Agora respiro a liberdade
Sinto a grama molhada em meus pés
A minha frente vejo só bondade
E um brilhante véu que eu enchergava através

O sol brilha e eu vejo com certeza
minha vida e meu amado amor, ah que saudade!
E vejo em minha existência toda a antiga beleza

Já se foram os males e agora é soh felicidade
Os vermes já se foram com minhas preces
Voltaram para seu verdadeiro ninho: fezes.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Doce Angelina

A pequena menina vivia a sonhar
era feliz a quase todo momento
mas era fácil de se decepcionar
Pobre Angelina, habitava nela um tormento

Quando bem aventurada
Angelina era uma menina de vários valores
Promeças, metas, anseios, todos compridos
A felicidade tranbordava e reluzia sua beleza

Quando mal intencionada
Angelina não fazia jus ao nome
Era cruel, insensível e egoísta
E seu orgulho imenso impedia a educação das desculpas

Mas angelina não era apenas boa ou má
Angelina era menina
E em sua meninice vivia a se questionar
Como?Quando?Onde?Por que? Quem?

Pobre menina, vivia perdida
E em sua infinita busca pelo saber divino
Era capaz de indagar uma pergunta até a um passarinho
Buscando infinitas fontes para ouvir a resposta da vida

Chegou a tal ponto
Que todas as respostas eram dadas a menina
Coitadinha da angelina
Quase desmaiou com tamanho barulho

Ela percebeu que queria o que não era seu
As respostas variadas a atravessavam como flechadas
Ela percebeu que ninguém poderia lhe dar a resposta da vida
Só ela poderia viver, mesmo que fosse sua doce mentira

Ao que parece Angelina cresceu, e entendeu suas responsabilidades
Se vai dar certo ou não, só cabe à ela, verdade
A nós cabe acreditar que dessa vez tenha fidelidade às suas palavras
Por quê senão veremos logo ela pedindo conselhos ao gavião

Resposta à Ingratidão

Não sou tola
nem sou perdida
Se te ajudo é por quê quero
e não por quê você me obriga

Não sou tola
nem cega
Vejo a maldade que te possui
Vejo os pecados que te consomem

Não sou tola
nem covarde
Se você me pede
eu digo a verdade

Não sou tola
nem distraída
Não caio em armadilha
Não sou pega desprevenida

Te vejo cega
Em suas ilusões egoístas
Se faz de vítima desamparada
Não sei se por doença ou hipocresia

Te vejo perdida
em objetivos fúteis
E sentimentos desprezíveis
Que te puxam para baixo

Te vejo covarde
enquanto você foge
com palavras ácidas
da sua podre verdade

Te vejo distraída
Se afogando enquanto tento te salvar
Me vejo quase desistindo
de alguém que não quer se ajudar