quarta-feira, 2 de março de 2011

Contos da Feiticeira Bastarda #2

"Em um instante percebo que preciso respirar, me desespero, em um movimento de juntar minha cabeça em meus joelhos....acordo. Acordei no susto e me peguei sentada em minha cama, estava suada e meio abestalhada ainda. Cheguei a conclusão que não havia passado de uma alucinação,isso explicava a sequência ilógica, desfocada e confusa. Me levantei e olhei atentamente para minha casa,abri as portas da sacada para que alguma luminosidade entrasse, parei a observar minha casa, era toda de madeira e se divida em dois cômodos,  o meu quarto que possuía uma cama de madeira, meu armário com roupas e pertences, uma mesa com uma cadeira e um lampião e um balcão que faz a vez de cozinha, geralmente corto frutas nele. O outro cômodo era o meu banheiro. Decidi ir tomar um banho, fui até a passagem que fica logo depois do pé da cama, sim não havia porta entre o banheiro e o quarto, apenas lindas correntes feitas com pedrinhas lindas e coloridas que eu mesma achei na floresta.
Entrei no banheiro e vi o vaso e a pia, brancos com pinturas de flores, que eu mesma tinha desenhado, e a banheira que ocupava quase o banheiro inteiro, tirei meu pijama e entrei na banheira, me lembrei que devia estar acontecendo o nascer  do Sol, então abri uma janela que tenho ao lado da banheira, era uma janela em forma de retângulo na altura suficiente para que eu tivesse uma visão panorâmica do superior da floresta independente da parte da banheira que eu estivesse. Ah! como eu adorava essa janela, e ver o nascer do
Sol foi maravilhoso, sai do banho ainda anestesiada pela calma que me tomou depois disso.
 Me arrumei e fui pensando no que eu iria comer nessa manhã.Mas ainda estava encucada com o sonho, foi quando vi que havia rastros de que alguma ave havia passado pelo balcão, e adivinha restos do que eu encontrei? cogumelos, obviamente do tipo alucinógenos... Tork.... tinha certeza que havia sido ele... nós éramos tão próximos mas de um tempo pra cá ele tem me evitado e agora pegou a péssima mania de tentar me irritar periodicamente. Queria muito entender como fomos chegar a isso...sinto saudades dos velhos tempos...Mas essa é uma história que eu não queria relembrar naquele momento..quem sabe mais tarde..Uma amarga saudade me invadiu, meus olhos marejaram e eu fui caminhando até a sacada para observar a vista e ver se isso me animava. De fato me animou pois me lembrei do detale mais incrível da minha casa...ela ficava em cima de uma árvore, de onde eu podia ver toda a floresta e como a vida acontecia nela. Me alegrei, entrei e tomei meu lanche matinal.
Fui ver a sacada novamente...era tão lindo aquele cenário...natureza colorida e cinética que abrigava os mais diversos animais, cada qual com sua individualidade e função. E eu? A única da espécie...se é que posso me chamar de espécie..não nasci da forma convencional deste mundo. Esse mundo que foi criado com o sopro e capricho do Deus Lobo Okami, Pai Supremo, ele criou a natureza, os animais e o tempo, mas o universo em sua forma primordial já existia muito antes dele vir a essa dimensão. E eu? Sou filha direta do Okami, nasci da materialização de seu suspiro dado ao amanhecer misturada com uma lágrima da ninfa do fogo, mas conhecida como Sol. Apesar deles serem seres supremos e extra planares ainda sim não era anteriores ao universo, e por isso acabaram ficando separados pelo universo e pela presença de um elfo de luz, conhecido como Lua. Sendo assim eu sou a concretização desse amor impossível. Mágico não é? Mas olhando não me sinto muita coisa, até hoje eu não descobri nenhum poder ou coisas do tipo.. Acho que meu único diferencial com os animais era a capacidade da escrita, já que todas as criaturas nesse mundo falavam. Quanto a aparência...bem tenho um corpo humanóide, o que não sei se é normal...juro que não imagino como saí assim sendo que nasci da magia de um Deus lobo com uma ninfa elemental, mas enfim... Devia ter lá um pouco mais de um metro e meio,proporcões corporais mais ou menos como as de minha mãe, meus longos cabelos eram prata , da cor do pelo de meu pai, e meus olhos eram de um castanho borgonha, como os de minha mãe. Em geral me sentia comum, e ao mesmo tempo sozinha, mas sabia que não estava...Nas noites de lua cheia eu sempre encontrava meu pai, ou então, ele me encontrava. Perdida em meus pensamentos mal pude perceber a presença que entrou em meu quarto... "



Fim do capítulo #2

espero  que gostem *-*

kissus ;**

Um comentário:

  1. COMO ASSIM TERMINA AÍ? AF LAÍS, SE FERRAR T___T
    SHAUHSUAHUSHUAHUSAUHSHUAHUSAHUSHAUHUAHUSHAU
    Maior maldade terminar capítulo desse jeito, é tipo, só pra cutucar as pessoas lixa/. Eu mó empolgada, lendo e... ACABA ._., injusto. Muito injusto.
    Quero o #3 pra amanhã, umbeijo.

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